Auditores fiscais federais agropecuários já apresentaram proposta para ministério, que foi ignorada
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) rebate declaração do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Rangel, de que a entidade estaria participando do processo de mudanças na secretaria.
De acordo com o presidente do Anffa Sindical, Maurício Porto, houve reuniões entre o sindicato e secretaria, mas em nenhuma a entidade foi convidada a dar opinião. “Tivemos várias conversas com representantes do ministério, mas todas absolutamente superficiais, e nunca fomos consultados sobre qualquer ponto específico. Ainda assim, fizemos sugestões que nunca foram consideradas”, conta Porto.
O sindicato apresentou, em 2014, uma proposta de mudanças no ministério, discutida com toda a categoria. “Todo esse trabalho não foi levado em consideração, agora, nessa minuta que recebemos”, critica o presidente da entidade. Ele ressalta que recebeu por terceiros o material produzido pela consultoria contratada para fazer a reestruturação do ministério, e só depois de críticas foi convocada uma reunião entre ministério e servidores. “Durante a reunião, o secretário admitiu ter havido falhas no processo e se comprometeu com mais transparência.”
O secretário disse que o sindicato não tem compromisso coletivo e alegou ter encontrado dificuldades em realocar pessoal. Porto afirma que o sindicato não tem nenhuma autoridade sobre a política de recursos humanos do ministério e, se há essa dificuldade, ela é resultado da má gestão do Mapa. “O sindicato tem sido, aliás, proativo. Propusemos e viabilizamos a formação de forças-tarefa de Affas para atender às necessidades da inspeção de produtos de origem animal”, relata. Há auditores fiscais federais agropecuários que chegam a ficar 15 dias fora de casa em decorrência da falta de pessoal.
Sobre a declaração de Rangel de que a categoria não tem espírito coletivo, o vice-presidente do Anffa Sindical, Marcos Lessa, diz que infelizmente é verdade. “De fato há os que não têm mesmo espírito coletivo. Especialmente aqueles quadros que assumem cargos de livre provimento e passam a defender pautas contrárias aos interesses da sociedade”, afirma.
Lessa também rebate a declaração de que os auditores fiscais federais agropecuários não têm compromisso com a sociedade. “A carreira sempre se pautou pela defesa da sociedade. Apoiamos todas as operações da Polícia Federal, até mesmo aquelas que tinham Affas envolvidos, muitos já punidos, diferentemente de políticos e empresários que estão impunes.”
O Anffa Sindical está realizando assembleia geral para deliberar sobre a realização de paralisações por tempo determinado em protesto conta a falta de transparência e por participação nas mudanças que estão sendo realizadas pelo ministério.
Sobre os Auditores Fiscais Federais Agropecuários
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) é a entidade representativa dos integrantes da carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário. Os profissionais são engenheiros agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas que exercem suas funções para garantir qualidade de vida, saúde e segurança alimentar para as famílias brasileiras. Atualmente existem 2,7 mil fiscais na ativa, que atuam nas áreas de auditoria e fiscalização, desde a fabricação de insumos, como vacinas, rações, sementes, fertilizantes, agrotóxicos etc., até o produto final, como sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas, produtos vegetais (arroz, feijão, óleos, azeites etc.), laticínios, ovos, méis e carnes. Os profissionais também estão nos campos, nas agroindústrias, nas instituições de pesquisa, nos laboratórios nacionais agropecuários, nos supermercados, nos portos, aeroportos e postos de fronteira, no acompanhamento dos programas agropecuários e nas negociações e relações internacionais do agronegócio. Do campo à mesa, dos pastos aos portos, do agronegócio para o Brasil e para o mundo.
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