A ideia é que o tema seja agregado às reuniões ordinárias da Secretaria de Defesa Agropecuária. O objetivo é focar nos indicadores de desempenho para otimizar os recursos e gerar trabalho de maior qualidade
O coordenador-geral de laboratórios agropecuários do MAPA, Rodrigo Nazareno, juntamente com os coordenadores dos Lanagros, os chefes de Serviço de Planejamento e Gestão, e o coordenador da CAOFI, Jonas bandeira da Rocha, responsável pelo orçamento da SDA, se reuniram no dia 7 de novembro, em Brasília, para trocar informações e debater a importância de se harmonizar entendimentos e processos de aquisição executados pela rede Lanagro e outras decisões que garantam a otimização de recursos da Secretaria.
Este não é o primeiro encontro em que os especialistas tratam da gestão financeira na rede Lanagro. Por serem reuniões frequentes, participam coordenadores dos Lanagros e demais servidores que ali desempenham suas atividades com objetivo de construir juntos o debate e a organização desse sistema. Segundo Nazareno, a ideia é que, cada vez mais, o assunto seja incorporado à rotina daqueles que lidam direta e indiretamente com as atividades laboratoriais, podendo ainda ser incorporado às reuniões ordinárias da SDA, como na Reunião de Análise Estratégica (RAE), pertinente ao Planejamento Estratégico da rede Lanagro. “O setor laboratorial da SDA é o que mais consome e onde mais se aplica recursos orçamentários porque temos que investir em estruturas prediais, em equipamentos, reagentes, padrões analíticos, treinamento de pessoal, entre outros. Sabendo disso, a CGAL/SDA está envidando esforços para estabelecer uma gestão financeira apropriada deste fluxo de recurso”, defendeu.
O debate sobre a área dos Lanagros que mais recebe recursos orçamentários foi um dos temas da última reunião. “Com a aplicação da gestão financeira em nossas reuniões descobrimos, por exemplo, que o envio de amostras pela área de defesa animal da SDA perfaz 62% de todas as amostras recebidas pelos Lanagros nos anos de 2016, 2017 e primeiro trimestre de 2018. Em consequência, se faz necessário a aplicação de orçamento federal para atender essa grande demanda por ensaios laboratoriais. O diagnóstico de doenças dos animais, resíduo e contaminante em alimentos, qualidade de alimentos e microbiologia correspondem a 86% das amostras entregues nos Lanagros. Então, se eu colocar uma lupa na gestão financeira dessas atividades, certamente eu posso encontrar pontos de melhorias que podem ser executados. São dados elementares que nunca foram levantados e o simples levantamento já propicia uma condição mais detalhada de onde poderia melhorar”, defende Nazareno.
Para o coordenador-geral de laboratórios agropecuários, por mais que pareça um monitoramento ou controle das atividades, a aplicação de gestão financeira nas ações contribui, principalmente, para que os gestores tenham informações fundamentais e adotem decisões mais precisas de onde deve ser aplicado o recurso orçamentário e melhorada a atenção para a efetividade maior daquele recurso. “Com essa percepção, estamos imprimindo uma intenção muito forte em construir esses indicadores de desempenhos e indicadores orçamentários, de modo que a gestão aconteça de modo mais produtivo”, completou.
Hub laboratorial – Um exemplo prático da otimização de recursos aliada à tecnologia e, consequentemente, ao melhor desempenho das ações fiscalizatórias, é o Hub Laboratorial, que é um conjunto de sistemas informatizados na forma de blocos que permitirão congregar as informações, por meio de cruzamento de dados que racionalizará as atividades dos AFFAs (Auditores Fiscais Federais Agropecuários). A intenção é de ele passe a operar entre dezembro deste ano e janeiro do ano que vem. (Veja mais aqui).
“Hoje, há processos em que, por exemplo, precisamos de digitadores para registrar os dados coletados pelo AFFA à campo. Além dessa sistemática poder aumentar a chance de erro, ela é menos eficaz do que o Hub Laboratorial. Com a nova tecnologia, não teremos mais a necessidade de destacar pessoal exclusivamente para executar essas ações de registros dos dados das amostras recebidas nos Lanagros, esses profissionais poderão ser realocados para áreas finalísticas, por exemplo, além dos recursos dessa etapa do trabalho poderem ser aplicados em outras áreas importantes. Essa novidade representa a detecção da necessidade de melhoria do processo de trabalho onde irá gerar um menor impacto orçamentário para o erário, que é a condição ideal”, ressalta Nazareno.