A programação do V Conaffa desta quarta-feira (23/10) começou, nesta manhã, com os minicursos sobre “Mobilização – Trabalho de Base com Educação Popular”, “Liderança – Formação a partir da História do Movimento Sindical” e “Atividade Parlamentar – Conhecer o Estado para influenciar a Política”
A programação do V Conaffa desta quarta-feira (23/10) começou, nesta manhã, com os minicursos sobre “Mobilização – Trabalho de Base com Educação Popular”, “Liderança – Formação a partir da História do Movimento Sindical” e “Atividade Parlamentar – Conhecer o Estado para influenciar a Política”
O primeiro tema está sendo conduzido pelo representante do Dieese, Thomaz Jensen. Entre s abordagens, ele está trabalhando o desafio da mobilização e engajamento dos AFFAs em diversas esferas, incluindo as novas ferramentas de tecnologia disponíveis, entre outros pontos.
Ele falou ainda sobre a crise das instituições de representação da sociedade e propôs o trabalho de base como um caminho para fortalecer a mobilização e a participação sindical. “No caso do Anffa Sindical não vemos esse excesso de verticalidade, uma vez que vocês têm estruturas como o CDS [Conselho de Delegados Sindicais] e outras esferas de representação, como esse Congresso que tem cerca de dez por cento da categoria. “É algo muito representativo, mas tudo precisa de reflexão e merece ser aprimorado”, disse.
Thomaz Jensen listou ainda que o objetivo da oficina é conhecer, analisar os desafios atuais de mobilização, entender por que é um desafio o engajamento na esfera sindical. Ele também falou da necessidade de ampliar e qualificar a participação sindical, além de mobilizar, organizar ação coletiva, e delinear um plano geral de ação para mobilização no Anffa Sindical.
O AFFAs que participam da oficina “Liderança – Formação a partir da História do Movimento Sindical”, conduzida pelo representante do Dieese, Samuel Fernando de Souza, estão recebendo informações sobre a história dos sindicatos e as revoluções mundiais e movimentos populares (revolução francesa; revolução industrial inglesa, Luddismo) para que se entenda melhor o processo de transformação política como um todo.
“Vendo a história, observamos que o sindicato surgiu como organização e um espaço para garantir a disputa de participação política da classe de trabalhadores”, explicou Samuel.
A terceira oficina, sobre “Atividade Parlamentar – Conhecer o Estado para influenciar a Política”, ministrada por Alexandre Sampaio Ferraz, também do Dieese, trouxe os conceitos e a história da democracia, definida pelo historiador Heródoto, por volta de 440 aC, como o governo de muitos, se caracterizando pela isonomia, ou igualdade política.
“A gente idealiza muito a concepção grega de governo do povo como se fosse o governo de todos, mas não é bem assim. Por que? Na Grécia, as mulheres participavam da Ágora? Não. Nem mulheres, nem estrangeiros, nem escravos. O conceito de democracia era restrito. E como nós transformamos esse conceito na atualidade? Pegamos esse ideal de democracia e complementamos a uma outra forma que também chamamos de democracia, mas que tem uma diferença fundamental: adotamos o que se chama de representação. E escolhemos quem vai governar por nós”, explicou o representante do Dieese.
Os minicursos continuam até meio dia e meia e seguem na manhã de quinta (24). No período da tarde serão ministradas as oficinas sobre “Organização e Administração Sindical”, “Consciência Sindical: Formação e fomento da participação do filiado” e “Valorização da Categoria”.