“A falta de proteção ao setor produtivo é uma lacuna que existe e que é urgente em um país como o Brasil, que produz para mais de 180 países, além de abastecer seu mercado. Por isso, a inclusão das atividades do AFFA no PL do deputado sobre antiterrorismo seria tão importante”, defendeu Maurício Porto.
O presidente do Anffa Sindical, Maurício Porto, e os AFFAs Alexandre César Alves Silva (chefe do Vigiagro no Rio Grande do Norte e representante do CNM/região Nordeste), Gecemar Cordeiro Júnior (delegado sindical da Paraíba) e Adriana Truta se reuniram, virtualmente, com o deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO), na segunda-feira (31/8), para tratar do PL Nº 1595/19, de sua autoria. A matéria, que já foi apresentada pelo então deputado federal Jair Bolsonaro, trata, entre outras questões, de ações antiterroristas.
Na ocasião, o presidente do Sindicato, assim como os demais colegas, explicou sobre as atribuições da carreira e a importância de os AFFAs integrarem a área estratégica de segurança nacional, mais notadamente nas questões que tratam de bioterrorismo e agroterrorismo.
Para melhor esclarecer o parlamentar, os AFFAs Gecemar Júnior e Adriana Truta expuseram um trabalho de sua autoria explicando a necessidade de o país estar preparado para um ataque deliberado ao agronegócio. Afinal, o setor já vivenciou inúmeras situações, como, por exemplo, a da introdução intencional do bicudo do algodoeiro, na década de 80, que causou prejuízos de US$ 300 milhões e mudou drasticamente o cenário da cotonicultura nacional. Em 2001, por sua vez, foi a introdução, também intencional, da ferrugem asiática que custou prejuízos na ordem de US$ 25 bilhões em dez anos ao país.
“A falta de proteção ao setor produtivo é uma lacuna que existe e que é urgente em um país como o Brasil, que produz para mais de 180 países, além de abastecer seu mercado. Por isso, a inclusão das atividades do AFFA nesse PL seria tão importante”, defendeu Maurício Porto.
Para o AFFA Alexandre Silva, a ideia é abrir um novo viés para a área de fiscalização. “Nós pedimos para ser incluídos como carreira gestora na área de bioterrorismo com foco em agroterrorismo e o deputado gostou muito da ideia. É algo necessário, tendo em vista que o Brasil já sofreu algumas ameaças nesse campo. Precisamos nos preparar para isso”, ressalta.
O parlamentar foi atencioso às demandas, se mostrou interessado no tema e pediu para que o grupo encaminhasse subsídios para sua assessoria, de maneira a trabalhar melhor a questão. Também ficou acertado de que, tão logo a pandemia esteja controlada, haja um encontro presencial para que o assunto seja melhor detalhado.