Tereza Cristina anunciou durante reunião de Adidos Agrícolas que novos adidos ficarão, a partir deste ano, estabelecidos na França (Paris), Alemanha (Berlim) e Austrália (Camberra). A intenção é ampliar a comunicação do agro brasileiro e por serem de grande relevância no mercado agro mundial
Durante a abertura, Tereza Cristina anunciou que novos adidos agrícolas ficarão, a partir deste ano, estabelecidos na França (Paris), Alemanha (Berlim) e Austrália (Camberra). A escolha desses países foi feita porque sediam a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A intenção é ampliar a comunicação do agro brasileiro e por serem de grande relevância no mercado agro mundial.
Para a Auditora Fiscal Federal Agropecuária e Adida, Priscila Moser, é uma oportunidade de estabelecer contatos com autoridades e receber um norteamento das atividades do adido na política internacional agrícola. “Recebemos, por exemplo, diretrizes para impulsionarmos ainda mais os trabalhos em produtos como castanhas, lácteos, frutas e pulses (feijão, lentilha, ervilha, etc)”, informou.
O Brasil abriu 93 novos mercados nos últimos dois anos, o que gera grande representação para o agronegócio local. “Conseguimos chegar com nossos produtos em determinados países que antes estavam fechados. Outra questão é a importância de após lograr a abertura, trabalhar com a promoção desses produtos nos mercados conquistados, para permitir a efetividade do comércio”, comentou.
“De janeiro a agosto de 2020, o Brasil exportou em agronegócio, quase USD 70 bilhões, sendo que 80% dessas exportações, foram para países que possuem o adido agrícola”, informou Moser.
Com relação ao anúncio da Ministra da Agricultura sobre a nomeação de novos adidos em países específicos, Priscila e os outros participantes receberam a notícia com alegria. “Os maiores players do mercado internacional, como por exemplo, Estados Unidos, Holanda, França, Espanha, Austrália, Argentina, China, Japão, possuem adidos agrícolas espalhados em diversos países. O Brasil tem investido cada vez mais em novas adidâncias agrícolas em locais estratégicos para o agronegócio brasileiro. Na França é a sede da OIE e da OCDE, a Alemanha é uma forma do agronegócio brasileiro estar ainda mais presente na Europa, especialmente para aprimorar as comunicações e mostrar a sustentabilidade e pujança do agronegócio brasileiro. E a Austrália é um importante player do agronegócio internacional”, acrescentou.
Nova nomeação
O Auditor Fiscal Federal Agropecuário Leandro dos Santos Antunes exercerá a função de adido agrícola do Brasil em Singapura, na Ásia, em breve.
Segundo ele, o país é dependente da importação de alimentos para garantir a segurança alimentar da população, uma vez que possui pequena extensão territorial, o que impossibilita a produção em escala.
Atualmente, o Brasil exporta àquele país principalmente carnes bovina, suína e de frango. A ideia é que ele, em sua condição de adido agrícola, possa negociar a diversificação da pauta de produtos exportados.
Nesse sentido, frutas e lácteos poderão ser objeto de negociação, bem como produtos com apelo sustentável como as castanhas, por exemplo. Outro eixo que será trabalhado naquele país é o avanço das negociações do Acordo Comercial entre o Mercosul e Singapura.
Sua ida é considerada estratégica, uma vez que o país é uma referência em padrões sanitários para o sudeste asiático e tem uma população de bom poder aquisitivo.