Os dirigentes eleitos este ano para os cargos da Direx, Ouvidoria e Conselho Fiscal tomaram posse na manhã desta terça-feira (29), por meio virtual
Os dirigentes eleitos este ano para os cargos da Direx, Ouvidoria e Conselho Fiscal tomaram posse na manhã desta terça-feira (29), por meio virtual.
Ao se despedir, Maurício Porto saudou a todos os colegas, em especial os novos eleitos. O isolamento social, imposto pela pandemia do novo coronavírus, foi lembrado pelo dirigente em um momento tão especial para a entidade. “Era para estarmos todos aqui reunidos, mas, por conta desse momento, nossa posse será por meio virtual. De qualquer forma, terá o mesmo valor de sempre”, disse.
Porto também agradeceu o apoio de todos ao longo dos dois mandatos consecutivos e aos colaboradores, da sede e dos estados, pelo trabalho que, segundo ele, culmina no crescimento e organização da entidade.
O espaço foi dedicado ainda aos diretores que encerram esse mandato e ao vice-presidente, Marcos Lessa. “Ele foi a pessoa que mais conviveu comigo. Em uma semana, cinco dias eram aqui na sede, em Brasília, e apenas dois em casa. Nós apenas visitávamos a família no fim de semana. Então, meu agradecimento pela sua dedicação e empenho, além dos demais colegas da Direx”.
Casa organizada – A estrutura enxuta e organizada, do ponto de vista financeiro e administrativo, foi pontuada por Maurício Porto como um legado que fica desta gestão. “Deixamos o Sindicato bem posto, internamente pronto. Pequenos problemas existem, mas grande parte está dentro da normalidade. Estamos deixando mais ou menos o dobro de recursos do que recebemos e também um saldo bastante positivo nas Delegacias Sindicais. Está tudo oficializado no relatório da última reunião da Direx, ocorrida há umas duas semanas”, explicou.
O agora ex-presidente ressaltou ainda sobre o legado político construído ao longo desses dois mandatos. “Fizemos um trabalho de aproximação junto às autoridades, notadamente, o Congresso Nacional, a Comissão de Agricultura da Câmara e do Senado, às entidades representativas do setor produtivo, aos Ministérios do Planejamento, Economia e Casa Civil, e sobretudo, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que é a nossa Casa. Entendemos que se tivermos diálogo e condições de discutir os temas de nosso interesse, as coisas prosperam”.
Pleitos – O empenho em torno das pautas de maior interesse para a carreira também foi lembrado por Maurício Porto ao longo de sua gestão. “Pegamos um período muito complicado da situação política, administrativa e econômica do país. Tivemos alguns pleitos atendidos, como a indenização de fronteiras, a convocação de 540 novos colegas, entre outros, mas, a luta pela edição de novos concursos públicos e pelo nivelamento da carreia com as demais carreiras de auditoria continua na próxima gestão”, ponderou.
A defesa dos AFFAs que se mantiveram na linha de frente das atividades essenciais durante toda a crise sanitária também foi lembrada por Maurício Porto. “Felizmente, não tivemos nenhum óbito e isso é muito positivo, visto que atuamos fortemente em prol da segurança e da proteção de todos”.
O dirigente encerrou com uma mensagem de união: “Desejo sucesso a todos os 323 colegas, incluindo Diretoria Executiva Nacional, Conselho Fiscal, Ouvidoria, Delegacias Sindicais, Seções Sindicais e Conselho Fiscal. Vai ter muito trabalho, por isso, procurem participar das discussões, das nossas mobilizações, de tudo o que envolve a nossa carreira. Quanto mais organizados estivermos, mais vitórias colheremos”, finalizou.
Efetivação da posse pela Comissão Eleitoral – Na oportunidade, o presidente da Comissão Eleitoral, Alexandre Orio, agradeceu a atual Direx pela atuação e desejou um bom trabalho aos novos dirigentes. Ele também lembrou que o termo de posse da Direx está devidamente assinado, o que garante o andamento dos trâmites necessários para o pleno funcionamento da entidade. Em relação à assinatura de posse dos eleitos para as Delegacias Sindicais, Ouvidoria, Conselho Fiscal e Seções Sindicais, Orio ressaltou que será feito em breve e encaminhado à Comissão Eleitoral.
O presidente da CE também frisou os desafios enfrentados nessas eleições, marcadas pela pandemia. “Quero agradecer a nossa Comissão e o funcionário Admar, que foi peça-chave na nossa ausência física em alguns momentos, dando todo um suporte durante esse processo eleitoral. Agradeço ainda a oportunidade de contribuir para o Sindicato. Não foi fácil. Por vezes recebemos críticas, mas acredito que o processo eleitoral fortaleceu a entidade e vamos continuar em busca dos nossos objetivos”, disse.
O novo presidente – Janus Pablo, agora presidente, começou cumprimentando Porto, o presidente da Comissão Eleitoral, todos os que participaram da Comissão e os colegas eleitos. “Quero agradecer a participação de todos que se envolveram nesse processo eleitoral. O momento não foi fácil, a pandemia nos trouxe muitos contratempos, mas chegamos ao final do processo de forma positiva. Conseguimos concluí-lo seguindo todos os parâmetros estabelecidos pela Comissão”, colocou. Para ele, a palavra chave é união. “Precisamos de um Sindicato forte, reunido, inclusive do apoio dos colegas das outras chapas. Sindicato forte, se faz com grupo unido. Temos que reagrupar as nossas forças, para termos condições realmente de fazer um bom combate, um bom enfrentamento”, acrescentou.
Janus deu ênfase ao atual cenário político que se desenha. “Mesmo em recesso, a política não parou. Estamos acompanhando as notícias. Temos três ameaças muito importantes, que são a Pec nº 32/2020, da Reforma Administrativa, Pec Emergencial nº 186/2019 e a Pec do Pacto Federativo nº 188/2019. Elas atacam de sobremaneira o serviço público federal. Temos que traçar estratégias que serão elaboradas, discutidas, junto com o novo colegiado do Conselho de Delegados. Entendemos que as diretrizes têm que ser construídas desde a sua base”, enfatizou.
Ele complementa com os lados opostos da Reforma Administrativa, muito negativa, mas também a condição do reconhecimento da carreira como de Estado. “Podemos positivar essa afirmação nesta Reforma. É claro que trabalharemos para que ela não seja aprovada do jeito que está, e para isso, precisamos trabalhar com conjunto com os Fóruns, como Fonacate e Fonasefe. Também ao lado dos servidores públicos federais, para que os impactos, se houver, sejam o menor possível”.
Apesar do cenário negativo, Pablo reforçou seu otimismo e enxerga oportunidades. “Temos que dialogar com todos os partidos na Câmara, Casa Civil, Ministério da Economia, Ministério da Agricultura. Estivemos recentemente no Mapa, com o Secretário Executivo, na apresentação do novo presidente e vice. Lá destacamos a necessidade do nosso nivelamento salarial com aos cargos de auditoria e fiscalização. Esta será nossa prioridade número um. Estamos lutando há muito tempo, tivemos avanço, mas acredito que está chegando o momento de nós conseguirmos também esse avanço”, enalteceu.
Continuidade dos pleitos – Serão continuadas as outras pautas reivindicatórias como a realização de concurso público, principalmente para as outras formações: agrônomos, farmacêuticos, químicos, zootecnistas. Estamos com colegas sobrecarregados. “Nesta gestão, conseguimos equilibrar a energia dos mais novos com a experiência dos mais antigos. Queremos avançar em nossas atribuições, modernizar nossa carreira sem que haja perda. Precisamos aumentar o nível de complexidade das nossas atribuições, aumentar nossa responsabilidade, atrelado a um ganho salarial maior”.
Renovação – Para o próximo triênio, somente três delegados continuarão, e, conforme Janus, muitos com vasta experiência no Mapa. “Poderemos discutir com pessoas que vêm com ideias novas, energia, proatividade. Não posso deixar de lembrar do Conselho de Delgados Sindicais, que acabo de terminar o mandato, o qual fui coordenador com muita satisfação e orgulho. Foram três anos de ensinamentos, aprendizado e amadurecimento. Tivemos vários avanços, como a aprovação do Regimento Interno, formação das comissões, demos uma dinâmica muito maior par o CDS, conseguimos aprovar pautas em tempo recorde, concluímos todos os itens de pautas das nossas reuniões”, exclamou.
Peça Orçamentária – Houve também o adiamento da apreciação do orçamento para 2021. “Isso nos deu a oportunidade de apreciá-lo. Em nosso plano de trabalho, nós já prevíamos a economia de recursos com a lotação do Secretário de Administração e Secretário de Finanças em Brasília. Estamos estudando para que haja o remanejamento dessas rubricas e sejam destinadas para atividade fim do nosso Sindicato. Recebemos o Anffa Sindical organizado administrativamente, com recursos de seus diversos fundos – fundo de reserva, fundo de mobilização, Conaffa e Fundo Eleitoral”, pontuou.
Aposentados – O presidente enalteceu a participação ativa dos aposentados, como agentes no trabalho parlamentar. “Sabemos que há vários colegas que têm proximidade, relacionamento estreito com líderes, senadores, deputados, que poderão nos ajudar em nossos pleitos. Contar com eles na composição dos grupos Ad hoc, em favor da nossa carreira”.
Continuidade – Há um plano de capacitação em discussão com os ativos e os delegados. “O que não podemos é perder tempo. Essa foi uma preocupação desde quando se iniciou o processo de transição. Estamos preparados, contamos com colegas capacitados para enfrentar todo tipo de desafio, seja ele com pauta administrativa interna, como externa, de pautas reivindicatórias.
Por fim, agradeceu aos colegas, delegados, que participaram do colegiado nos últimos três anos. “Eles contribuíram para meu crescimento pessoal e do grupo. E agradeço à minha família, sem ela, não estaria aqui”.
A sessão foi encerrada pelo presidente da Comissão Eleitoral com desejos de boa sorte. “Que consiga nosso tão almejado e equivalente nivelamento com relação às carreiras típicas de Estado”, concluiu.