No próximo dia 13 comemora-se o dia do zootecnista. A data foi escolhida em homenagem ao dia em que aconteceu a aula inaugural do primeiro curso superior de Zootecnia, no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Uruguaiana (RS), em 1966
Este profissional faz parte das cinco carreiras que compõem o grupo dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários – AFFAs, por isso conversamos com alguns colegas a fim de produzir uma homenagem por esta data.
Andrea Parrilla (à direita) atua há 14 anos como AFFA e afirma já ter trabalhado em diversas áreas no MAPA. “Na minha opinião as oportunidades no Ministério como AFFA são diversas pois existe acesso para trabalhar em temas diversos no âmbito agropecuário em várias etapas da cadeia produtiva: fomento, regulamentação, fiscalização e auditorias, promoção do agronegócio, sustentabilidade, relações internacionais entre outros.”
Também já esteve envolvida com atividades relacionadas ao bem-estar animal, tema que cresceu nos últimos 10 anos na percepção do consumidor, contribuindo para o fomento do bem-estar para animais de produção.
Atualmente é Coordenadora de Regulação e Propriedade Intelectual da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, e coordenadora da Comissão de Alimentos do Subgrupo de Regulamentos Técnicos e Avaliação da Conformidade – Mercosul. “Tive oportunidade de participar de vários cursos e treinamentos em vários países. De conhecer as cadeias produtivas pecuárias de outros países, assim como regulamentações e procedimentos de fiscalização e auditorias. Isso contribuiu significativamente para eu ter expertise em alguns temas importantes e construir junto com o setor melhores práticas agropecuárias nas cadeias produtivas do Brasil”, avalia.
Na Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Parrilla afirma trabalhar com temas característicos da carreira de zootecnista, como bem-estar animal, organismos geneticamente modificados, indicação geográfica, etc. Contudo, devido à especificidade do trabalho, que envolve negociação e regulação internacional, elaboração de regulamentos técnicos e conhecimento de normas internacionais de referência, um treinamento específico para relacionamento internacional foi acrescentado ao seu currículo para viabilizar a boa execução do trabalho: “estudantes e profissionais em geral não têm conhecimento sobre organismos multilaterais e bilaterais como é o caso da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, e esses são temas importantes na hora que se tenta acesso a um mercado novo ou consolidar um mercado aberto”, finaliza
Andrea Moretti, (à esquerda) é Zootecnista formada pela UFV no ano de 1999 e ingressou no MAPA em Dezembro de 2003, trabalhando com Associação de Raças e Programas de Fomento da Agropecuária Nacional até 2007. Depois disso, transferiu-se para a área de Alimentação Animal, onde está até hoje.
Moretti considera a atuação do profissional zootecnista como sendo extremamente importante, pois “trabalhamos especificamente na parte de alimentos onde muitos riscos estão concentrados e não mais podem ser ignorados ou minimizados. Assim, acho que cada vez mais teremos nossa importância reconhecida”, declara.
Apesar dos desafios, a AFFA celebra a possibilidade de uma atuação independente e idônea: “Existem outras esferas de ação com um grau de interferência política relevante, que dificulta muito o exercício da fiscalização. Já na esfera federal não percebemos isso com a mesma intensidade e cada vez mais a estrutura tem se modificado para minimizar esse tipo de interferência”, afirma.