A prevenção é considerada sempre o melhor caminho. Por isso, é recomendado que os profissionais procurem, sempre que possível, reduzir o estresse no ambiente de trabalho.
De acordo com artigo publicado na Revista Brasileira de Medicina do Trabalho (clique aqui), Burnout é uma palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão. O estudo explica que sentimentos envolvendo esgotamento emocional, despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho desencadeiam numa resposta ao estresse laboral quando falham as estratégias funcionais de enfrentamento do profissional, ou seja, o conjunto de esforços que uma pessoa desenvolve para manejar ou lidar com as solicitações externas ou internas, que são avaliadas por ela como excessivas ou acima de suas possibilidades.
O conceito em torno da síndrome de Burnout surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970, e estava relacionado ao processo de agravamento nos cuidados e atenção profissional aos trabalhadores de organizações. De lá para cá, os casos no mundo tem sido tantos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu incluí-la, em 2022, na Classificação Internacional de Doenças (CID), dando, assim, mais visibilidade ao tema. No Brasil, a legislação já incluiu a condição como doença ocupacional por meio do Decreto 3.048/99, que dispõe sobre a regulamentação da Previdência Social.
Como prevenir – A prevenção é considerada sempre o melhor caminho. Por isso, é recomendado que os profissionais procurem, sempre que possível, reduzir o estresse no ambiente de trabalho.
De acordo com o psicólogo Robson Lima, o foco na prevenção deve ser uma via de mão-dupla, pois tanto o empregador como o empregado pode fazer a sua parte para evitar o esgotamento.
“Para prevenir é necessário entender os fatores de risco que podem resultar o burnout ou esgotamento. Dentre eles estão ambiente competitivo, com pressão por resultados; instabilidade do cargo ou função, com ameaça de cortes; falha na comunicação entre membros da equipe; carga excessiva de atividades ou excesso de carga horária; falta de reconhecimento; tratamento injusto, e diferenças salariais entre colaboradores na mesma função”, disse.
O especialista avalia que a supervalorização da “cultura de sucesso”, com um ambiente corporativo que não permite ao colaborador manifestar sua insatisfação também contribui para o quadro descrito.
Na próxima matéria da série você vai conferir quais são os principais sintomas da Síndrome de Burnout e o que fazer caso os identifique.