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Presidente conclama filiados a fortalecer a carreira durante VI Conaffa

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Autoridades, parceiros e demais participantes do Congresso também acompanharam palestra magna sobre “Democracias fragilizadas”, do deputado professor Israel.

Em clima de muita expectativa, foi realizada ontem (24/10), no Rio de Janeiro/RJ, a abertura do VI Congresso Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (VI Conaffa), com cerca de 300 participantes. Na ocasião, o presidente do ANFFA Sindical, Janus Pablo de Macedo, relembrou os desafios enfrentados para realizar o primeiro Congresso da carreira, em Belém (PA), em 2009, quando aprovaram a primeira diretriz para os auditores fiscais federais agropecuários (affas). “Foi assim quando aprovamos a diretriz para a mudança de nomenclatura da carreira, fortalecendo nossa identidade profissional e também em 2011, quando decidimos lutar por outra forma de remuneração, por subsídio”, destacou.

Janus Pablo, que também preside o Conaffa, foi enfático sobre os resultados deste Congresso e afirmou que este evento vai gerar direcionamentos dignos de uma carreira dinâmica, versátil, técnica e imprescindível ao país. “Diante dos desafios gigantes que temos pela frente, temos também o compromisso maior, de sairmos daqui, com diretrizes que fortaleçam nossos processos; nosso desempenho e nossas atividades como um todo”, afirmou e falou sobre os temas que serão debatidos na semana. O presidente exaltou ainda a importância da carreira. “Espero que todos os colegas e convidados estejam com o mesmo desejo que eu: de novamente fazer história e tirar de nossas dificuldades, elementos para nos fortalecer como guardiões de um saber utilizado para aumentar a qualidade de vida das pessoas e gerar riquezas ao país”, reforçou.

A coordenadora da Comissão Organizadora do VI Conaffa, Verônica das Neves Sant’Anna Ribeiro, se emocionou ao lembrar a trajetória até a realização deste evento, adiado por causa da pandemia. “Não foi fácil chegar até aqui. Sonhamos muito com este dia”, destacou e citou alguns desafios vencidos, como as várias reuniões virtuais de preparação do evento, realizadas desde 2019, e apenas uma presencial. “Apesar disso, conseguimos otimizar o uso de recursos e tempo”, informou. Em seguida, mencionou alguns avanços nessa edição do Conaffa, como a transmissão de painéis em tempo real e a discussão sobre propostas e diretrizes organizada de forma virtual. “Chegamos aqui, hoje, confiantes de que faremos o melhor para nossa carreira e para o Brasil”, afirmou.

A mesa de abertura foi composta pelo deputado federal, professor Israel Matos Batista; Romulo Cezar Spinelli Ribeiro de Miranda Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RJ (CRMV-RJ); Rudinei Marques, Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate); Costa Neto, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU); e o Auditor Fiscal Federal Agropecuário, Celso Merola Junger, Superintendente Federal de Agricultura substituto do Rio de Janeiro. “Este é um momento muito especial, em que somos instados a pensar o Estado Brasileiro”, avaliou Rudinei Marques, presidente do Fonacate. E fez um breve relato do cenário político dos últimos quatro anos e os impactos no serviço público brasileiro. Destacou ainda a importância da luta sindical nesse contexto, contra a PEC 32 e outras tentativas do atual governo, de implodir as bases do serviço público.

Palestra magna

O deputado federal professor Israel deu sequência à programação de abertura com a palestra magna sobre “Democracias Fragilizadas”. Ele fez um retrato da perda de estabilidade e decadência das democracias no mundo, incluindo o Brasil. “Segundo o Relatório Variações da Democracia (do Instituto V-Dem), de março de 2021, no ranking de 202 países avaliados, o Brasil ocupa o quarto lugar, como o país que mais se afastou da democracia em 2020”, informou. 

De acordo com professor Israel, que também preside o Instituto Servir Brasil, o Instituto V-Dem é ligado à Universidade sueca de Gotemburgo. “O mais grave é que esse ranking é usado por investidores e pesquisadores do mundo todo e do Brasil, para decidirem o quanto de dinheiro vão aplicar nos investimentos”, explicou, referindo-se à posição brasileira, que no caso, afasta investimentos estrangeiros no nosso país. “Os últimos cinco anos foram de declínio acentuado da democracia brasileira”, afirmou.

Na mesma linha de avaliação, professor Israel ainda contextualizou o que ocorre hoje com o serviço público no Brasil e no mundo, fazendo a correlação desse quadro, com a degradação das democracias em vários países, como a Turquia, que recentemente deixou de ser uma democracia, segundo índice de Gotemburgo. “O afastamento da democracia se dá gradualmente”, esclareceu e seguiu analisando os efeitos colaterais desse processo até os dias de hoje, relacionados ao surgimento de fake news e outros percalços, tocando em temas como os riscos do assédio institucional, que segundo ele, é o reconhecimento da burocracia do Estado e outros temas. “Vivemos um momento de contestação do sistema que é muito preocupante”, afirmou e mostrou os riscos da quebra das normas do que ele denominou de fidalguia política.

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