Aconteceu na manhã de hoje (16), a segunda rodada de negociação coletiva entre governo e servidores da administração pública federal. Estiveram presentes representantes do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e demais centrais sindicais.
Informações preliminares, ainda aguardando confirmação do governo, foram divulgadas pelo presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo. “Foi um debate acalorado. De início o governo se dispôs a ouvir as entidades e diante da pressão dos fóruns e centrais sindicais participantes, apresentou ainda de forma não oficial duas opções de reajuste.”
Os dois cenários possíveis aos quais Janus se refere são os seguintes:
7,8% de reajuste linear, se formalizado o reajuste em março deste ano, com os pagamentos a partir de 1º de abril, ou;
9% de reajuste, também de forma linear, se formalizado em abril com pagamentos a partir de 1º de maio.
Em ambos os casos, além do reajuste na remuneração, seria concedido reajuste de 44% sobre o auxílio alimentação.
Em atenção à situação excepcional as carreiras que compõem o Ministério da Agricultura, Agências Reguladoras e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), as quais não recebem reajuste salarial desde 2017, e por isso defendem um reajuste diferenciado, Janus Pablo informou que, segundo a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, está sendo realizado um estudo para verificar se a medida possui segurança jurídica. As decisões a esse respeito serão tomadas após a referida análise.
As entidades ouvidas aguardam agora o anúncio oficial do governo, que deve ser feito até amanhã (17). A partir disso, devem encontrar-se novamente na terceira rodada de negociação que está prevista para acontecer nos dias 24 ou 28 deste mês.
Janus Pablo destacou que apesar dos ânimos acirrados, a reunião foi positiva, pois representou a volta ao diálogo com o governo. Pontuou que, à princípio a proposta de 9% parece ser mais benéfica, pois estrutura maior base para os reajustes percentuais dos anos seguintes. Apesar disso, lembrou que toda proposta pode ser aperfeiçoada, especialmente diante da disposição do governo em dialogar, e espera que as propostas discutidas sejam anunciadas o mais breve possível.