De acordo com o Governo Federal, o Brasil é líder na exportação mundial de carne de frango desde 2004 e detém, hoje, 35% do mercado mundial. Em 2021, o país produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango. Deste total, 32% foram exportados para mais de 150 nações, gerando uma receita de US$ 7,6 bilhões.
Dentre esse levantamento, está a exportação de frango halal. A carne é chamada halal, pois segue princípios do Islã tanto na produção quanto no abate. Os muçulmanos só podem consumir alimentos produzidos seguindo o ritual.
O primeiro requisito é verificar e certificar que as aves estejam vivas. Após isso, são exigidos outros requisitos como o fato de que os sangradores sejam muçulmanos praticantes. A degola acontece com cortes das veias e artérias do pescoço.
De acordo com a auditora fiscal federal agropecuária, Lizie Buss, o abate halal é uma autorização especial que o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) oferece para atendimento a mercados específicos.
Ainda segundo a auditora, a fiscalização do abate é realizada majoritariamente da mesma forma do abate comum. Entretanto, não é efetuada a insensibilização prévia da ave. Esse processo consiste em perda de consciência de forma imediata, para que assim o animal não sofra com a agonia, o procedimento preconizado do ponto de vista científico de bem-estar animal.
Já a degola praticada no abate sem prévia insensibilização, caso do abate halal, não provoca morte instantânea e sem dor. Ao contrário, as aves se debatem violentamente.