“Mesmo com a implantação de sistemas, precisamos de material humano.”
O presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo, realizou a cerimônia de abertura no auditório Mário Lanznaster, na tarde de ontem (28) às 15h, momento no qual demonstrou estar contente e satisfeito com a realização da segunda edição do evento que, com a presença de painelistas à altura do setor agropecuário brasileiro, une a academia, a iniciativa privada e o Ministério da Agricultura e Pecuária em prol do debate para a construção de um horizonte positivo para o Brasil.
Marcio Rezende, Secretário Adjunto da Secretaria de Defesa Agropecuária, que também é affa, pontuou ser uma satisfação estar junto aos auditores da carreira. Realizando um breve histórico de sua atuação no MAPA, ponderou sobre o trabalho da SDA e como ela se insere perante os desafios enfrentados pela Defesa Agropecuária Nacional. Nessa perspectiva apresentou informações sobre a Plataforma de Autocontrole proposta pela SDA, que pretende ser um norteador das ações realizadas pelas diversas partes da cadeia produtiva.
A Superintendente Federal de Agricultura do Estado de São Paulo, Andrea Moura, se propôs a apresentar o olhar de quem “está na ponta”, em referência aos auditores agropecuários que atuam diretamente nas áreas de fiscalização, inspeção e auditoria. Exaltando o trabalho dos affas, pontuou que é o trabalho silencioso da defesa agropecuária que abre portas e permite que o país seja o que é perante o mundo.
Para ela, entretanto, a responsabilidade de executar a defesa agropecuária da melhor forma possível é o maior desafio do Brasil no momento, visto que se trata de um trabalho complexo que envolve desde os prestadores de serviço até o serviço oficial. “Como podemos manter esse sistema de vigilância articulado? Como integrar órgãos e entes federativos, dentro do conceito que a defesa representa?”, provocou.
Por meio de dados, a superintendente demonstrou o que auditores agropecuários e o próprio Sindicato vêm apontando há tempos: o montante de atividades realizadas tanto nacionalmente, quanto de forma local, não é acompanhado pelo aumento do número de affas e alertou: “Mesmo com a implantação de sistemas, precisamos de material humano.”
Diante disso, e no cenário que está posto, a solução encontrada foi otimizar a força de trabalho “para que se possa aproveitar o servidor da melhor forma possível”, avaliou. Nesse sentido, destacou a necessidade de um sistema único e inteligente que integre as diversas áreas, ao invés de diversos sistemas compartimentados como ocorre hoje. “A defesa agropecuária é um processo transversal. É necessário pensar numa solução conjunta para que possamos seguir aprimorando procedimentos e construir uma defesa que siga sendo eficiente. Traçar uma estratégia nacional sem retirar a gestão local”, incentivou.
A seguir foi apresentado o painel 1, que discutiu os riscos da entrada de influenza aviária no Brasil.
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