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Falta de Affas: Informatização precária no MAPA reforça carência de auditores agropecuários

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Nas palavras do TCU, há “grande carência de informatização em todas as áreas do Ministério, dificuldade para implantação de novos sistemas, desperdício de recursos em projetos que não são finalizados, entre outros efeitos.”

Um aspecto que merece atenção quando se trata de falta de auditores fiscais federais agropecuários é a informatização de processos e a oferta de soluções tecnológicas, preconizada pelo governo Bolsonaro. Tal medida, em tese, culminaria em uma menor necessidade de servidores na administração pública. Entretanto, não foram notados impactos positivos no Ministério da Agricultura e Pecuária. Dados do próprio governo federal apontam para redução dos investimentos na área.

Segundo o relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), no qual a estrutura de Tecnologia da Informação (TI) do Ministério da Agricultura e Pecuária foi avaliada para fins de fiscalização da Secretaria de Defesa Agropecuária, diversos problemas foram identificados, revelando a baixa maturidade do sistema de gestão e governança de TI do ministério em relação a toda a esplanada.

Uma das métricas utilizadas pelo TCU é o Indicador Integrado de Governança e Gestão de TI (iGovTI), o qual é composto pelo Índice de Governança de TI, que por sua vez avalia o modelo de gestão de TI, a capacidade em monitorar o desempenho da gestão de TI e a capacidade em prestar serviços públicos com qualidade, entre outros.

Na auditoria realizada, o Ministério da Agricultura alcançou o percentual de 15% no iGovTI, índice que varia de 0 a 100%. Para efeito de comparação, o valor médio para todos os ministérios foi de aproximadamente 40%, revelando em palavras do TCU “grande carência de informatização em todas as áreas do Ministério, dificuldade para implantação de novos sistemas, desperdício de recursos em projetos que não são finalizados, entre outros efeitos”.

Com efeito, dados do portal da transparência apontam para a diminuição progressiva dos investimentos em desenvolvimento tecnológico e engenharia ao longo dos últimos oito anos no MAPA. Em 2014, o montante destinado a essa despesa foi de R$ 211.831.240,01. Em 2020, o valor foi reduzido a quase um terço. Em 2022 chegou à marca de R$ 108.429.025,86, pouco mais da metade do valor histórico inicial.

No portal da transparência, a rubrica referente a despesas com tecnologia da informação não informa valores investidos desde 2014 e nem mesmo é divulgada de 2020 em diante.

Relembre a primeira matéria desta série que tratou da reposição insuficiente de affas em relação ao crescimento do setor agropecuário e a segunda matéria que abordou a quantidade de aposentadorias sem reposição no quadro do MAPA.

Acompanhe o site e leia a próxima matéria da série: Governos Bolsonaro e Lula reconhecem falta de auditores agropecuários

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