Esta é a primeira vez que o Ministério da Agricultura é agraciado com o prêmio que reconhece resultados obtidos para a sociedade
O Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) e os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas), Michael Zini Lise e Alexandre Alves Silva, foram contemplados, nesta quinta-feira (19/01), com o Prêmio Nacional de Combate à Pirataria 2023, em reconhecimento aos seus trabalhos prestados à sociedade.
O Prêmio Nacional de Combate à Pirataria é ofertado pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria e aos Delitos Contra a Propriedade Intelectual do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O evento acontece anualmente para as pessoas e instituições que atuaram nas áreas de contrabando, descaminho, pirataria, biopirataria, crimes contra a saúde pública e demais ilícitos correlatos.
Esta é a primeira vez que o Ministério da Agricultura é agraciado com o prêmio. Na oportunidade, três foram os agraciados: institucionalmente o Vigifronteira, por sua atuação nas áreas de combate ao trânsito e comércio irregular de animais, vegetais, produtos e insumos agropecuários e crimes contra a saúde pública. E, individualmente, para os Auditores Agropecuários, Alexandre Silva e Michael Lise, por suas contribuições nas áreas de inteligência, operações, fortalecimento da capacidade de ações e articulação interinstitucional.
Para Michael Lise, a premiação foi uma grata surpresa em sua vida. “Me sinto lisonjeado a receber esta premiação como Auditor Agropecuário. Isso demonstra que estamos no caminho certo. A visibilidade da nossa carreira tem crescido nos últimos anos, ganhando destaque na mídia brasileira de forma positiva, isso é muito importante para nós”.
A Vigifronteira já realizou 55 operações Ronda Agro incluindo operações conjuntas com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (Centro Integrado de Operações de Fronteira da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícias Militares e Civis nos estados, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal), Ministério da Defesa (Exército e Marinha), Ministério da Economia (Receita Federal do Brasil), Ministério do Meio Ambiente (Ibama), Ministério Público e Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Além da integração, cooperação e atuação conjunta dos diversos órgãos públicos que compõem o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF).
Nos últimos três anos de atividades do Vigifronteira, mais de 200 servidores foram envolvidos, resultando em 425 propriedades e estabelecimentos fiscalizados, 423 toneladas de agrotóxicos, 214 toneladas de fertilizantes, 574 toneladas de sementes, 70 mil produtos de uso veterinário, 313 toneladas de produtos para alimentação animal, 152 toneladas de produtos de origem animal e 663 toneladas de produtos de origem vegetal de risco, além de 531 mil litros de bebidas e 4.911 animais, todos em situação irregular, introduzidos ou produzidos no país de forma ilícita.
O Prêmio significa o reconhecimento dos resultados obtidos pelo Programa para a sociedade, com a execução das operações de inteligência e fiscalização e ressaltam a importância das ações de combate a atividades irregulares para estimular a produtividade, a competitividade e o empreendedorismo no setor, bem como minimizar os riscos para a saúde pública devido ao desvio de uso de produtos agropecuários.
O Prêmio reflete ainda, a pluralidade das ações desempenhadas pelos Affas, não limitadas ao âmbito da inspeção de produtos de origem animal e vegetal, mas também no controle dos produtos ofertados no mercado, deste a produção primária até seu consumo ou utilização pela setor produtivo e a população em geral.
“Esse prêmio traduz completamente o Vigifronteira e o combate aos ilícitos que envolvem produtos agropecuários. Esta foi uma causa que eu abracei profissionalmente e acredito que a carreira irá para outro patamar neste caminho”, afirma o Affa, Alexandre Silva. O auditor também comenta que o Programa é bem reconhecido por outros órgãos e entidades, porém ainda é visto com certa timidez pelo Ministério da Agricultura. “É preciso, cada vez mais, iniciativas em combate aos ilícitos neste setor”, finaliza.