Com a expectativa de que o texto da Pec 32/20, que trata da reforma administrativa, seja votado na CCJ, já na próxima semana, várias categorias têm se manifestado contrárias às medidas propostas, vistas como um sucateamento do serviço público culminando na perda de direitos e estabilidade
Com a expectativa de que o texto da Pec 32/20, que trata da reforma administrativa, seja votado na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ já na próxima semana, várias categorias têm se manifestado contrárias às medidas propostas que têm sido vistas como um sucateamento do serviço público culminando na perda de direitos e estabilidade.
Conversamos com alguns filiados e foi visível o descontentamento com as reformas que a Pec 32 propõe, como é o caso do AFFA e Delegado Sindical do estado de Goiás, Candido Luiz Martins Oliveira, ao destacar a importância da categoria na economia nacional: “O Brasil é uma liderança mundial quando o assunto é Agropecuária. Somos líderes mundiais em tecnologia e legislação de modo que alimentamos em torno de 1,3 bilhões de pessoas no mundo e a cada ano batemos recordes de safra. Assim, estamos em mobilização para que ocorram algumas alterações no texto base para que a população brasileira não venha a sofrer um dano irreparável nos serviços prestados”, declara.
O chefe do Departamento de Relações Institucionais, Felipe José Corrêa, também destaca a relevância dos AFFAs dentro do serviço público ao afirmar que: “nossa participação é importante não só por sermos servidores públicos, não só por sermos uma carreira de estado, mas porque nossas atividades são essenciais para garantir a segurança e inocuidade dos produtos agropecuários consumidos no Brasil e no mundo.”
O vice-presidente do ANFFA Sindical Ricardo Aurélio Pinto Nascimento ainda acrescenta que a proposta da PEC se dá “em um momento de pandemia, onde servidores da saúde, segurança e nós Auditores Fiscais Federais Agropecuários, como exemplos, não paramos. Todos os dias estamos trabalhando para certificar a qualidade dos produtos agropecuários brasileiros.” e finaliza “O serviço público salva."
A data é vista por muitos como um dia de união dos servidores como reforça a auditora Rogeria Conceição, do CNM: "Será uma grande oportunidade para todos nivelarem conhecimento sobre os reais riscos à sobrevivência de nossas carreiras”. A AFFA e delegada sindical de São Paulo, Gisele Leite Camargo concorda e ressalta que a data deve servir para "melhorar o espírito de grupo" da categoria, reafirmando a importância da classe junto à sociedade.
De Rondônia, o delegado João Carlos de Araújo Aranha, enfatiza a importância de o servidor se posicionar frente às propostas da PEC: "o servidor público não pode se calar. É importante mostrar o descontentamento da categoria."
Assim, o Coordenador do CNM e delegado sindical de Minas Gerais, Serguei Brener incentiva a participação de todos, pois “a reforma trata de mudanças que comprometem o nosso futuro. Dessa forma, precisamos nos organizar de forma crescente, nos mostrando ativos e participativos para contrapor as mudanças propostas.”
Igualmente, o ex-presidente do ANFFA Sindical, Marcos Lessa convoca a todos os servidores a se engajarem nesta manifestação: “a participação dos servidores é fundamental, afinal a reforma administrativa vem para cercear direitos dos servidores. A única maneira de combater a aprovação do texto é nos unindo em maior número possível, já que se aprovada, os maiores prejudicados seremos nós."
Para finalizar, Simplício Alves de Lima, Coordenador do CDS e delegado do Estado do Ceará declarou seu apoio total às manifestações, destacando ainda o fato de que "a sociedade ainda não despertou para as consequências do serviço público, que pode ser dizimado caso o texto da PEC seja aprovado".
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