Em decorrência do avanço da praga quarentenária da mosca da carambola (Bactrocera carambolae) em Boa Vista/RR, aliado à continuidade da entrada de frutos contaminados pelas fronteiras da Venezuela e da Guiana, a delegada sindical Ludmila Saboya solicitou uma audiência com o governador do estado, Antonio Denarium, para o estabelecimento de providências.
O encontro aconteceu na última terça-feira (26), momento no qual a delegada apresentou ao governador os riscos do aumento da presença da praga, bem como o trabalho desenvolvido pelos Auditores Fiscais Federais Agropecuários em forma de monitoramento e fiscalização.
“Nossa preocupação é grande pois, além do período chuvoso que levou ao aumento da presença da mosca da carambola na capital, é preciso lembrar que Boa Vista ocupa uma localização central no mapa do estado, possuindo fronteiras terrestres com sete outros municípios” explicou Ludmila que também é chefe do Serviço de Inspeção, Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (SIFISV), do Ministério da Agricultura e Pecuária em Roraima.
Diante do cenário apresentando, o governador mostrou ter compreendido a gravidade da situação e comprometeu-se a “dar condições para intensificar a fiscalização e sensibilização dos condutores e passageiros que transitam nas nossas estradas, para que dessa maneira Roraima volte novamente a exportar frutas.”
Nesse sentido, haverá reforço nas barreiras fitossanitárias, a exemplo do equipamento de raios-x instalado na rodoviária internacional de Boa Vista (relembre aqui), bem como o aumento das ações de comunicação para a educação sanitária dos passageiros e comunidade em geral, informou Ludmila.
Falta de Affas
A delegada destaca ainda, que apesar do apoio político e do incremento de tecnologia por meio do equipamento de scanner, faltam Auditores Agropecuários no estado. “Atualmente, há apenas um Affa em atividade no estado para as questões relativas à fiscalização fitossanitária. Em situações de maior urgência, deslocamos Affas de outras funções para dar apoio a ações no ambiente rodoviário, mas essa manobra deixa desguarnecidos outros setores igualmente relevantes”, criticou.