Um grupo pequeno, mas representativo e combativo, defendeu a nomeação de um auditor fiscal federal agropecuário (Affa) para a Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul (SFA/RS). Em ato realizado nesta segunda-feira (6/3), em frente ao prédio SFA/RS, os Affas estenderam uma faixa cobrando a designação de um técnico da carreira para a superintendência.
“O momento é muito delicado e sabemos o quanto pode ser prejudicial a nomeação de uma pessoa não comprometida com a relevância do trabalho da defesa agropecuária. As atividades de auditoria e fiscalização precisam de uma gestão isenta, que promova nosso trabalho para que possamos executar com segurança em benefício da saúde da população”, afirma Soraya Elias Marredo, delegada do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários no Rio Grande do Sul (DS-RS Anffa Sindical).
Principal carreira técnica do Ministério da Agricultura, o auditor atua em todas as áreas. “É fundamental o superintendente conhecer nossa realidade. Temos a triste memória de quando tivemos uma pessoa externa. Nossa imagem ficou manchada à época. Quando começamos a ter gente do quadro, a motivação de todo mundo passou a ser outra”, recorda a affa Beatris Kuchenbecker.
Daniel Paim, diretor de Comunicação da DS-RS, reforça. “Sabemos que o superintendente exerce uma atividade política, mas vai precisar tomar decisões que impactam diretamente no trabalho técnico, tanto para nossa carreira quanto para o agronegócio do Rio Grande do Sul.” O fato de os Affas terem uma visão ampla do MAPA é fundamental, considera Marília Tosi, diretora de Aposentados e Pensionistas da DS-RS. “O auditor conhece toda a estrutura do ministério, está por dentro dos serviços que o Mapa presta e conhece as categorias, como veterinários, agrônomos, pessoal de laboratório, químicos, farmacêuticos e zootecnistas”, diz.
Além de Marília, outros dois colegas aposentados participaram da ação. O engenheiro agrônomo Benigno Rotta e o médico veterinário Clovis Fantoni reforçaram a importância da participação coletiva em defesa da carreira. “Sempre me mantive ativo nos movimentos porque se não fizermos por nosso sindicato, ninguém fará por nós. Aliás, farão por nós, mas contra”, ensina Rotta. “É importante ter um affa à frente da superintendência porque a vivência da carreira contribui para defender os assuntos de interesse da categoria”, completa Fantoni.