De acordo com o sindicato da categoria, o Anffa Sindical, as visitas do Ministério da Saúde começam hoje e seguem até sexta-feira (21), para conhecer três fábricas e um armazém
As visitas de técnicos da Secretaria de Inovação Industrial do Ministério da Saúde (MS) aos laboratórios veterinários, fabricantes de vacinas contra a febre aftosa, iniciam-se hoje (18), em Ribeirão Preto (SP), na fábrica da Ouro Fino e seguem até sexta-feira (21), para conhecer as empresas que poderão ser utilizadas na produção de vacinas contra a Covid-19. Segundo estimativa do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), um cálculo preliminar simples, feito para cada lote de vacinas contra a Covid-19, indica que seriam produzidas cerca de 90 milhões de doses para cada ciclo de aproximadamente 35 dias, considerando as três fábricas que serão visitadas pelo MS.
O Anffa Sindical antecipa ainda que amanhã (19) a comitiva visitará também o complexo de Armazéns Gerais Vinhedo, que reúne câmaras frigoríficas usadas pelas indústrias para armazenar as vacinas da aftosa. Na quinta-feira, a visita será em Montes Claros (MG), à fábrica da Merck Sharp and Dohme (MSD). A peregrinação se encerra na fábrica da Ceva, em Juatuba (MG), na próxima sexta-feira (21). Os auditores agropecuários vão apresentar as fábricas, tendo em vista que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), já iniciou auditorias remotas.
Os auditores fiscais federais agropecuários (affas) vão apoiar as visitas apresentando as fabricantes, visto que conhecem bem essas empresas, já utilizadas nos processos para produção de vacinas veterinárias, como as da febre aftosa. O coordenador de fiscalização de produtos de uso veterinário, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o affa Marcos Vinícius Leandro Júnior, afirma que a vacina veterinária tem qualidade e segue as boas práticas de fabricação, da mesma forma que a vacina fabricada para humanos. Reforça ainda a segurança dos procedimentos de validação de limpeza de tanques e instalações das fábricas de vacinas veterinárias.
O Anffa esclarece que não existe uma previsão formal para o início da fabricação das vacinas. E que o trabalho das fabricantes será realizado em regime de comodato, ou seja, vão ceder, sem custos, a área para as empresas interessadas produzirem as vacinas contra a Covid. Nesse caso, as empresas interessadas, que detém a tecnologia para fabricação das vacinas, vão utilizar esses espaços. O Sindicato explica também que a qualidade das vacinas veterinárias contra a aftosa é igual a das fabricadas para os seres humanos. E que parte dessas vacinas são destinas à exportação e recebem auditoria externa.
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