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Azeites fraudados são destruídos após deflagrada operação em São Paulo em 2019

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Começou na quinta-feira (16/09) o descarte de mais de 58.703 garrafas de azeite apreendidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em São Paulo

Começou na quinta-feira (16/09) o descarte de mais de 58.703 garrafas de azeite apreendidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em São Paulo. 

A descoberta da fraude foi em 2019, quando foram detectados os produtos em supermercados. De acordo com o Auditor Fiscal Federal Agropecuário Tiago de Dokonal Duarte, que atua no Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP), havia irregularidades nos rótulos. “Apresentava uma fábrica em Portugal que não existia o endereço dela. O endereço da importadora no Brasil também era inexistente, e, ainda, o código de barras era fraudado”, informou.

Os auditores começaram a ir atrás dos produtos em supermercados, foi feita análise pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuário, e a análise mostrou que o azeite continha óleo de soja com e adição de corante e aromatizante. 

Em junho de 2019 a Polícia Civil de São Paulo estava atrás de uma carga roubada de óleo e conseguiu chegar em uma fábrica clandestina no Estado. “Foi ali que descobrimos a fábrica que produzia esses produtos irregulares”, disse o Affa. Além disso, seis rótulos de produtos foram encontrados na fábrica clandestina.

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério, Glauco Bertoldo, a ação resultante de operação realizada em 13 de junho pela Delegacia de Polícia de Guarulhos (Demacro – PC/SP).

Na época, os produtos fraudados foram encontrados em oito estados, em redes de atacados e pequenos mercados, dentre eles, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

A marca destruída era Quinta Lusitana, mas a fábrica clandestina também rotulava garrafas com os nomes Oliveiras do Conde, Quinta D’Oro, Évora, Costanera e Olivais do Porto.

Atenção ao comprar um produto
De acordo com Dokonal, a principal forma de o consumidor identificar um produto fraudado, é pelo preço. “Um azeite de oliva extra virgem de 500ml abaixo de R$16,00 provavelmente é irregular, o preço é o melhor indicativo. Um produto fraudado pode fazer mal à saúde, porque não sabemos a qualidade da matéria prima com que ele foi feito. Podem ser utilizados óleos reciclados, reutilizado e sem comprovação de origem, como neste caso da destruição. Outra questão é o engano ao consumidor, no caso dos azeites fraudados a pessoa que compra está levando para casa um outro óleo que não é o azeite de oliva esperado. Os Auditores Fiscais Federais Agropecuários trabalham também para evitar o engano ao consumidor e para retirar do mercado produtos que apresentem potencial risco à saúde”, alertou.

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