“É preciso sempre lembrar que o serviço público tem a responsabilidade de atenuar as vicissitudes sociais, de promover o desenvolvimento, a educação, a saúde, a segurança e a cultura. Todos nós temos, então, o compromisso de tornar o Estado brasileiro mais forte e qualificado.”
Com a proposta de debater caminhos para o “Estado Necessário”, o Fonacate abriu na manhã desta terça-feira, 24 de maio, a 7ª Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado. Para iniciar as discussões, que se desdobram ao longo do dia em painéis temáticos, o presidente do Fórum, Rudinei Marques, o presidente da Frente Servir Brasil, deputado professor Israel Batista (PSB-DF), e o fundador e conselheiro do República.Org, Guilherme Coelho, apresentaram um panorama sobre os principais desafios do setor público no atual contexto político, econômico e social.
“É preciso sempre lembrar que o serviço público tem a responsabilidade de atenuar as vicissitudes sociais, de promover o desenvolvimento, a educação, a saúde, a segurança e a cultura. Todos nós temos, então, o compromisso de tornar o Estado brasileiro mais forte e qualificado”, pontuou Marques, ao ressaltar a importância do debate no momento em que o Estado lida com o aumento da demanda da população. Na mesma linha, o deputado Professor Israel destacou que não se pode “perder de vista que, no Brasil, a ação do Estado, de maneira planejada, de maneira calculada, foi responsável pelos maiores avanços sociais”.
O parlamentar enfatizou, ainda, que a discussão sobre o “Estado Necessário” não pode ser simplificada ao tamanho da máquina pública. “Nós enfrentamos a tentativa de aprovação da PEC 32, que era um texto muito ruim e carecia de legitimidade, porque tinha um foco na questão fiscal e no fim da estabilidade”, completou.
O representante do República.Org aproveitou o espaço para parabenizar os doze milhões de servidores públicos brasileiros. “Falar de gestão pública, é falar das pessoas que nela trabalham e merecem ser valorizadas, merecem ser reconhecidas”, afirmou Guilherme.
DESAFIOS
Além da possibilidade de retomada da reforma administrativa após o período eleitoral, que já vem sendo anunciada por interlocutores do governo, o aumento do assédio institucional, as tentativas de fragilização do mandato classista e a ausência de uma política salarial que preserve o poder de compra dos servidores foram alguns dos desafios identificados pelos participantes.
“Nós sabemos que o que está por trás da ausência de uma política salarial e por trás da malfadada PEC 32 é, justamente, essa dominância financeira e a privatização das finanças públicas que busca ditar os rumos do país”, avaliou o presidente do Fonacate, ao adiantar o tema do primeiro painel da 7ª Conferência.
O evento segue ao longo do dia, com transmissão ao vivo no Youtube. Assista e interaja no chat.