A campanha salarial dos servidores do Poder Executivo Federal voltou a ser abordada durante Assembleia Geral do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), realizada na tarde desta de ontem (11), momento no qual representantes das entidades filiadas fizeram críticas à condução do governo nas mesas específicas.
Como já noticiado pelo Anffa Sindical, a proposta de reestruturação da carreira de Affa ficou muito aquém do desejado pela categoria, e apenas a pauta remuneratória foi contemplada no Termo de Acordo. A esse respeito, o presidente da Annfa Sindical, Janus Pablo, comentou que a campanha desenvolveu-se em meio a uma grande desordem. “Uma hora o governo falou em reajuste linear, depois sugeriu reajuste nominal, e, por fim, optou por tratar de reajuste e reestruturação de carreiras em mesas especificas.”
Para a diretora de Relações Institucionais do Sindicato, Consuelo Garrastazu, as mesas de negociação estabelecidas pelo MGI não foram propriamente um espaço para negociar e sim para o governo impor, unilateralmente, suas propostas. “Não podemos dizer que participamos de mesa de negociação, e sim de imposição.”
Na perspectiva do presidente do Fonacate, Rudinei Marques, houve erros grosseiros na condução das negociações. “Mudanças de rumos, protelação de soluções e indefinições levarão a um ano de perda de tempo. Estas negociações ficarão registradas como as mais mal conduzidas das últimas 2 décadas”, afirmou Marques.
Até o momento, das entidades dos servidores federais que compõem o Fonacate, já fecharam acordo as carreiras dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, Banco Central e Polícia Federal.
O Fonacate deve divulgar uma nota pública nos próximos dias criticando a confusão criada nas mesas de negociação específicas.
Trabalho Parlamentar
Na Assembleia também foi abordada a continuidade da série de visitas e diálogos das entidades do Fórum junto às Lideranças de Partido do Congresso Nacional, para debater a aprovação da PEC Social, a PEC 6/2024, que propõe uma redução gradativa da contribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados e pensionistas.
As entidades também debateram a preocupação com o PLP 68/2024, que dispõe da tributação das entidades fechadas de previdência complementar; e com a PEC 65/2023, que sugere transformar o Banco Central em empresa pública.
Nesta quarta-feita (12), as entidades realizam um grande ato público em frente ao Senado Federal contra a PEC 65.