Espera-se para última semana do mês de maio de 2021, que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) emita o parecer de reconhecimento internacional de novas zonas brasileiras livres de febre aftosa sem vacinação, dentre eles, parte do Amazonas
Espera-se para última semana do mês de maio de 2021, que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) emita o parecer de reconhecimento internacional de novas zonas brasileiras livres de febre aftosa sem vacinação, compostas pelos seguintes estados: Acre, Rondônia, partes do Amazonas e Mato Grosso, que compõem o Bloco I do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), além de Paraná e Rio Grande do Sul.
Como consequência, os representantes da cadeia produtiva do Amazonas vislumbram um potencial aumento nas exportações de carne e outros produtos de origem animal, com a abertura de novos mercados que exigem a condição de livres de febre aftosa sem vacinação, tais como Japão, Coreia do Sul, Canadá e outros.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), alinhado com as ações da OIE e com as diretrizes do PHEFA, desenvolveu o Plano Estratégico do PNEFA, iniciando em 2017 e encerrando em 2026, no qual contempla uma séria de melhorias na vigilância veterinária, inquéritos epidemiológicos e desenvolvimento de ferramentas para tornar o Brasil gradualmente livre de febre aftosa sem vacinação.
Houve atenção por parte do estado, para evitar a reintrodução do vírus nas regiões livres. “É desafiador para nós do serviço veterinário oficial, tanto estadual como a nível de superintendência. Precisamos alertar os produtores e conscientizá-los que as ações de vigilância são de extrema importância. Esse esforço é gratificante, uma vez que obteremos o reconhecimento, mostrando que nosso serviço é de qualidade e excelência”, informou o Auditor Fiscal Federal Agropecuário, Raphael Mattoso.
Conforme Mattoso, a equipe conduziu o estudo sorológico para confirmação da ausência da circulação do vírus da febre aftosa dentre os animais do rebanho. “Elaboramos o dossiê a ser encaminhado para a OIE, atendendo todos os questionamentos técnicos e científicos solicitados por eles. Aqui no Amazonas o desafio ainda é maior, uma vez que o estado possui dois status para a Febre Aftosa, e por isso, temos que continuar conduzindo as etapas de vacinação nos municípios que não estão na zona pleiteada”, complementou
Para ele, além da economia, com a aquisição das vacinas e mão de obra para a vacinação, o reconhecimento trará para o produtor abertura de novos mercados internacionais. “Assim, o produtor precisa ficar mais atento aos animais e aos riscos de introdução do vírus. Deve sempre se atentar à legislação, focando justamente na mitigação desses riscos, e manter sempre seu cadastro atualizado junto à OESA”, finalizou Raphael.
Participaram do processo, ainda, os Affas Ana Carolina Fanhani de Arruda Botelho, Consuelo de Maria D’Avila Lopes, Guilherme de Melo Pessoa, Katia Martins Baptistella e Luciana de Azevedo Chaves Falcão.