Ação teve um total de três autuações, duas interdições e três apreensões; locais funcionavam de maneira irregular e com produtos sem registro do Ministério da Agricultura
Auditores fiscais federais agropecuários investigaram uma série de denúncias anônimas e encontraram fábricas ilegais de rações para animais no sudeste de Tocantins, nas cidades de Combinado, Novo Alegre e Taguatinga. A operação, realizada na última quarta e quinta-feira (20 e 21/3), totalizou em três autuações, duas interdições e três apreensões nos locais, que operavam de maneira clandestina e comercializavam produtos sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo os auditores, além das irregularidades no registro, o processo de produção das rações não obedecia boas práticas de fabricação. “Nessas fiscalizações, identificamos áreas de produção extremamente sujas, de notável desorganização na estocagem de matéria-prima, equipamentos em evidente falta de manutenção e misturas realizadas sem nenhum tipo de higiene. Há, ainda, casos de fábricas escondidas nos fundos das lojas, embalagens reutilizadas ou que não respeitam o padrão de rotulagem, sem carimbo de registro do Mapa”, explicou o delegado Sindical de Tocantins, do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Welciton de Assunção.
Aos compradores de rações animais, a orientação principal é desconfiar de preços muito abaixo do praticado pelo mercado. “Preço muito abaixo da média indica um sinal de alerta. Geralmente, são produtos sem garantia nutricional, com uso de ingredientes tóxicos, substâncias não autorizadas, ou autorizadas, mas com concentrações acima do permitido e sem orientação dos devidos períodos de carência. Outra questão são as possíveis transmissões de patologias aos animais, algumas dessas sendo zoonoses, como a leptospirose”, alertou Assunção.
Denúncias
Produtos de qualidade e próprios ao consumo passam por uma rigorosa inspeção do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e têm em suas embalagens o selo de certificação das autoridades sanitárias. Em caso de suspeita de itens fraudados ou procedência duvidosa, o indicado é registrar uma denúncia por meio da Ouvidoria do ministério, pelo canal Fala.BR