No dia 26 de agosto de 2008, a história da defesa dos direitos dos fiscais federais agropecuários (FFAs) ganhava um novo e importante capítulo. Naquela data tomava posse a primeira diretoria do, então, Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, batizado como Anffa Sindical. A partir de então a categoria passou a contar com uma forte instituição não apenas para correr atrás de seus direitos, mas também para representar seus interesses profissionais e econômicos. O sindicato teve papel fundamental, por exemplo, na aprovação da Medida Provisória 441 de 29 de agosto do mesmo ano, que trouxe alterações na Gratificação de desempenho de Atividades dos Fiscais Federais Agropecuários (GDFFA) e possibilitou um significativo reajuste na remuneração da categoria. A participação dos FFAs no Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), desde setembro de 2009, também será um marco. Graças aos contundentes trabalhos da Anffa Sindical, a categoria teve reconhecida sua importância entre as mais importantes carreiras do serviço público federal.
Fruto de um trabalho conjunto
As discussões sobre a necessidade de criação de um sindicato começaram em abril de 2005, durante uma Assembleia Geral Nacional Extraordinária. Ficou acertada a contratação de um estudo jurídico, que foi apresentado dois meses depois em uma nova assembleia. Um dos argumentos era de que, por não ser sindicato, a Anffa (Associação) não pôde ser aceita para compor a Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais (CNESF), e, com isso, não poderia compor a Mesa Nacional de Negociação Permanente. A criação do sindicato também foi apoiada pela Associação de Fiscais Federais Agropecuários no Distrito Federal (Asfagro-DF), que acreditava que a participação de servidores da ativa estava prejudicada por não ter uma organização sindical. Aprovada a criação do Anffa Sindical, o passo seguinte foi montar uma comissão, cuja defesa cabe aos fiscais federais agropecuários.
A grande expectativa foi alcançada em fazer do Congresso uma instância emanadora de diretrizes, com características próprias, peculiar à entidade de classe que representa os fiscais federais agropecuários, discutindo e deliberando em um clima de união, objetividade, clareza e segurança. Elaborar o futuro estatuto com um integrante de cada região do país. Para que todos os membros participassem ativamente da fundação do sindicato, foi criada uma assembleia dividida em duas etapas: primeiramente uma nos estados e, depois, uma nacional.
Os encontros nas Unidades da Federação, realizados em abril de 2006, filiaram fiscais federais, avaliaram o estatuto e elegeram representantes estaduais para o Conselho de Delegados Sindicais. Os fiscais também avaliaram e deliberaram o aporte financeiro para a fundação e a organização do sindicato. Na reunião nacional, a categoria aprovou o estatuto e a constituição do conselho de delegados.
Também foram eleitos, provisoriamente, a Diretoria Executiva Nacional e o Conselho Fiscal. O Anffa Sindical foi então ganhando vida. O registro do sindicato foi publicado no Diário Oficial da União em 30 de abril de 2007. Um ano depois, convoca-se eleição para a primeira diretoria permanente do sindicato. Após algumas alterações nas datas do pleito, o resultado é divulgado no dia 23 de agosto de 2008. A primeira diretoria definitiva do Anffa Sindical assume o mandato em 26 de agosto de 2008, com a tarefa de concluir o processo de implantação da entidade e fazer a transição da atuação da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) para o sindicato.
Em janeiro de 2017, em razão da mudança da nomenclatura da carreira, defendida pelos seus integrantes e aprovada pela edição da Lei 13.324, de 29 de julho de 2016, a entidade teve a sua denominação alterada para Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários.
Documentos históricos