Servidores do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA-MG), se uniram em um objetivo comum, criar um coral
“Quem canta os males espanta”, assim diz o ditado popular. Estudos revelam que ouvir música pode fisiologicamente reduzir o estresse e até diminuir sintomas de depressão. Pesquisadores no Reino Unido chegam a afirmar que certas canções são capazes de reduzir nossa ansiedade em 65%. Em outras palavras, a música pode ser um remédio para a mente.
Nessa vertente, Servidores do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA-MG), se uniram em um objetivo comum, criar um coral.
Em agosto de 2017, a Auditora Fiscal Federal Agropecuária (Affa), Isabela Ciarlini, começou a dar aula de flauta doce a uma colega de trabalho. Ocorria no horário do almoço, e, logo, outras pessoas se juntaram para a aula. Depois, alguns servidores que já tocavam violão se juntaram, bem como outros que gostavam de cantar. Dessa forma, uma colega do departamento de comunicação pediu para que fizessem uma apresentação no Dia Internacional da Mulher, no laboratório.
“Não tínhamos um regente nem professores, fazíamos tudo em grupo, cada um contribuindo com os seus conhecimentos” disse Isabela. Dessa forma, surgiu grupo LaBanda.
Com o tempo, foi crescendo e começaram a participar de vários eventos internos, como abertura de palestras e cursos oficiais no auditório do LFDA. Foram comemorações, aniversários, homenagens, despedidas de colegas que aposentaram, dentre outros.
“Passamos por muita dificuldade. Recebemos críticas de pessoas que não concordavam com a atividade, mesmo sendo feita no horário do almoço. Além disso, faltavam equipamentos de som adequados para usar nos eventos, local para ensaios, etc. Mas muitos também tentaram nos ajudar”, colocou.
Eles mudaram de sala várias vezes, pensaram em desistir, porém, o então coordenador do Lanagro, dr. Ricardo Aurélio e a atual coordenadora, dra. Andrea, sempre apoiaram. Assim, o grupo foi incluído nas atividades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Programa de Qualidade de Vida do Servidor.
“Quero enfatizar a extrema importância de uma atividade como essa, do Programa de Qualidade de Vida do servidor em qualquer ambiente de trabalho. Ela favorece a integração dos colaboradores, espírito de trabalho em equipe, ameniza o stress e melhora a produtividade do servidor”, exclamou. Pessoas desestimuladas ou que passaram por problemas de depressão, por exemplo, já foram beneficiadas com essa atividade.
Mais sólidos, sentiram falta de uma orientação profissional de um professor. “Conheci a professora de música Edith, em um dos eventos que participamos. Ela, o marido, Abílio, e o colega deles, chamado Célio, propuseram um esquema de aulas de flauta, violão, canto, violino, percussão e teoria musical. Vários pequenos grupos se formaram para cada modalidade. Tudo custeado pelos próprios alunos, com aulas sempre no horário do almoço”, acrescentou.
Depois de algum tempo, seu professor Célio, informou que uma regente, Carol Malaquias, tinha interesse em montar um coral no laboratório. “Foi então que começaram as aulas com ela, mais ou menos dois meses antes de começar a pandemia”, explicou Ciarlini.
Assim que começou a pandemia, todas as aulas de música foram suspensas, porém gravaram um belo vídeo para divulgação do grupo, que com as idas e vindas, ganhou outro nome, Coral do LFDA-MG.
No repertório da primeira formação trabalhavam de acordo com o evento. Hoje, a regente Carol utiliza músicas conhecidas, conforme o perfil e interesse do grupo, que permitam obter um arranjo adequado.
Atualmente, são 11 integrantes e a intenção é chegar a 100. “Que isto seja incorporado na rotina de atividades do laboratório, com ensaios de uma hora, semanalmente, e fora do horário do almoço, assim facilitaria, em todos os sentidos, inclusive, aos que moram distante”, finalizou.