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Mapa intercepta 386 tartaruguinhas chinesas no aeroporto de Guarulhos

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O sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos interceptou, nesta quarta-feira (27), uma bagagem com 386 tartaruguinhas de casco mole chinesas. Os animais estavam em estado crítico devido ao transporte inadequado. Por razões sanitárias, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proíbe a entrada de animais silvestres no Brasil sem as devidas autorizações e certificações zoossanitárias.

Ao realizar a fiscalização da bagagem relativamente molhada, Auditores fiscais federais agropecuários do Vigiagro localizaram os animais. “Achávamos que a carga fosse de caranguejos ou peixe fresco, produtos utilizados para consumo, mas com a abertura dos sacos constatei que eram tartarugas filhotes ainda. Em seguida acionei o IBAMA”, conta a auditora agropecuária Virgínia Jansen. “A maioria dos animais já havia evoluído a óbito, enquanto os poucos sobreviventes apresentavam sinais clínicos evidentes de hipóxia e se encontravam em estado moribundo”, explica a Affa.

Em colaboração dos Auditores Agropecuários que fiscalizam a situação sanitária de bagagens, junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), órgão responsável pelas questões ambientais, levantou-se a suspeita de que esses animais seriam destinados à utilização como matéria-prima na produção de diversos produtos associados à medicina tradicional chinesa.

Segundo o Chefe da Unidade Técnica do Ibama no Aeroporto de Guarulhos, Daniel Visciano de Carvalho, essa espécie de tartaruga é a mais comercializada internacionalmente no mundo todo. Há registros históricos de que, ao longo de milhares de anos, as tartarugas têm sido amplamente empregadas nessa prática medicinal para o tratamento de uma variedade de doenças e condições. Entretanto, o crescimento econômico da China tem intensificado preocupações quanto à ameaça de extinção de várias espécies de tartarugas no país asiático.

No Brasil, a introdução legal de espécies exóticas requer autorização prévia do IBAMA. Como os animais em questão não possuíam a documentação necessária, foram apreendidos, e foi aplicada uma multa administrativa no valor de R$ 72 mil. O responsável pelo transporte, no entanto, foi liberado após o registro da ocorrência.

Fonte: Mapa

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