Os legados esculpidos para a carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário podem ser contados a partir da história recente do ministério. Registro inicial merecido ao incentivo do mineiro Alysson Paulinelli (1974-1979) para a organização profissional dos precursores da carreira, os médicos veterinários e engenheiros agrônomos
Uma das definições da palavra “legado” é a DISPOSIÇÃO DE VONTADE pela qual alguém deixa a outro algo de valor. A principal característica de um legado é ser durável, perpétuo.
Desde sua criação, ainda no segundo reinado de D. Pedro II, o Ministério da Agricultura foi dirigido por 122 ministros. Desde o primeiro ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Brasil, Joaquim José Inácio de Barros (1861-1862), cada um buscou deixar seu legado.
Os legados esculpidos para a carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário podem ser contados a partir da história recente do ministério. Registro inicial meritocrático ao incentivo do mineiro Alysson Paulinelli (1974-1979) para a organização profissional dos precursores da carreira, os médicos veterinários e engenheiros agrônomos.
Também memoráveis as atuações dos gaúchos Francisco Sérgio Turra (1998-1999) e Marcos Vinícius Pratini de Moraes (1999-2003) para a criação da carreira de Fiscal Federal Agropecuário, com a inclusão de farmacêuticos, químicos e zootecnistas. Em seguida, foi essencial a atuação do paulista Roberto Rodrigues (2003-2006) para a promulgação da Lei nº 10.883/2004 que define as competências dos ocupantes dos cargos da carreira.
Valiosos foram os esforços do catarinense Reinhold Stephanes (2007-2010) para o reconhecimento remuneratório da carreira. Recentemente, destacam-se a criação da Enagro e das adidâncias agrícolas pela goiana Kátia Regina de Abreu (2015-2016). Por fim, a realização de concursos públicos, por Blairo Borges Maggi (2016-2019).
E então chegamos a Tereza Cristina. O destino a fez defrontar-se com um momento crucial para os Auditores Fiscais Federais Agropecuários. A carreira debate a modernização de processos internos, ao mesmo tempo que aspira tratamento isonômico com as demais carreiras de auditoria, considerando seu papel relevante para a economia nacional e a segurança dos alimentos oferecidos ao Brasil e ao mundo.
A ministra reiteradamente reconhece a atuação das Auditoras e Auditores durante a pandemia. Incialmente ao seu lado durante a urgente missão de não transformar a crise de saúde pública em crise alimentar e, logo em seguida, aproveitando oportunidades internacionais para emplacar os produtos brasileiros e bater recordes.
Confiamos que a campo-grandense Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, que fez sua vida empresarial e política no Estado de Mato Grosso do Sul, deixará para os Auditores Fiscais Federais Agropecuários o legado da reestruturação da carreira. Tem pouco tempo, mas pode contar com o ANFFA Sindical.