Apesar dos esforços ao longo de décadas, as desigualdades de gênero no Brasil continuam sendo um gargalo para que as mulheres conquistem seu merecido espaço na sociedade em diversas esferas.
Apesar dos esforços ao longo de décadas, as desigualdades de gênero no Brasil continuam sendo um gargalo para que as mulheres conquistem seu merecido espaço na sociedade em diversas esferas.
Em se tratando de postos de trabalho, o ano de 2021 registrou 1,6 milhão de mulheres a menos. Destas, a maioria, ou 1,2 milhão, são negras. Elas perderam a ocupação na pandemia e não conseguiram nova colocação, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), intitulada “Mulheres no mercado de trabalho brasileiro: velhas desigualdades e mais precarização”.
Comparando o terceiro trimestre de 2019 e de 2021, a taxa de desocupação feminina aumentou de 14,3% para 15,9%. Já a dos homens permaneceu estável em 10,0%, em 2019, e 10,1%, em 2021.
Além de abordar a questão do desemprego, o estudo do Dieese lançado no Boletim Especial 8 de Março, pelo Dia da Mulher, ressalta a informalidade, o trabalho precário, a subutilização da mão de obra e a redução dos rendimentos como fatores que foram agravados pela crise sanitária e que penalizam drasticamente as mulheres em detrimento dos homens. O desmonte das instituições democráticas, o corte de direitos sociais e trabalhistas e a adoção de políticas de Governo que resultaram na ampliação da pobreza engrossam a lista de vulnerabilidades.