A volta de Gil Bueno Guimarães para o principal posto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Paraná, na esteira das trocas iniciadas com a gestão de Michel Temer, tem gerado protestos por parte de representantes dos fiscais federais agropecuários
A volta de Gil Bueno Guimarães para o principal posto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Paraná, na esteira das trocas iniciadas com a gestão de Michel Temer, tem gerado protestos por parte de representantes dos fiscais federais agropecuários.
Funcionário de carreira, com cerca de 40 anos de Mapa, Guimarães ganhou a cadeira de superintendente da pasta no Paraná em 25 de julho deste ano. Ele já tinha ocupado o mesmo cargo entre abril de 2014 e setembro de 2015. O nome do representante paranaense do Mapa, contudo, é controverso.
Em março, Guimarães foi denunciado por corrupção passiva pelo Ministério Público Federal (MPF) em Paranaguá, acusado de receber propina para beneficiar duas empresas que eram alvos de fiscalização do Mapa, entre 2004 e 2008. Ele já se tornou réu, mas o processo corre em sigilo.
Desde sua nomeação, representantes dos fiscais federais agropecuários têm protestado contra a permanência de Guimarães. O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) chegou a encaminhar um ofício ao MPF, em agosto, pedindo alguma providência sobre a nomeação. A Gazeta do Povo entrou em contato com o MPF na quarta-feira (16), mas até agora não obteve retorno.
A Gazeta do Povo também entrou em contato com Gil Bueno Guimarães, mas ele preferiu não dar declarações a respeito, pontuando que o caso tramita sob sigilo.
Fonte: Gazeta do Povo