Em entrevista coletiva concedida há pouco, o Senador Marcelo Castro (MDB/PI), relator-geral do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, mencionou que o salário mínimo, pelo quarto ano consecutivo, não teve previsão de ganho real e criticou o fato de a peça orçamentária ter sido encaminhada com a previsão de ajuste de apenas 5% para o Poder Executivo, enquanto há a previsão de 18% de reajuste, em dois anos, para o Poder Judiciário. Segundo o relator, será realizado estudo para garantir que haja reajuste equivalente para os servidores do Executivo que recebem menos que os do Judiciário.
Além disso, o senador observou que Bolsonaro vem prometendo reajustar a tabela do Imposto de Renda para garantir o poder de compra do contribuinte desde o início de seu governo. Castro criticou o fato de, novamente, não haver qualquer encaminhamento. Neste sentido, pontuando que o reajuste não ocorre desde 2015.
O parlamentar teceu críticas ao fato de a peça orçamentária não ter encaminhado solução para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano.
Por fim, na avaliação do relator, a discussão sobre o PLOA 2023 só deve avançar depois das eleições, quando será possível discutir as problemáticas avaliadas com a equipe econômica do futuro presidente da República.