Em 08/03, nove dirigentes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), da Bahia, Pará e Rondônia, pediam afastamento do cargo. O motivo foi descontentamento geral por conta da administração da direção atual e desmonte da Ceplac
“A gestão da direção está levando a instituição à sua extinção por inanição”, informou o Auditor Fiscal Federal Agropecuário, Raúl Valle. Os Affas estão preocupados com o destino da Ceplac – um elo importante na cadeia produtiva do cacau, principalmente, para os que trabalham com a produção do fruto, os cacauicultores.
Os servidores que pediram afastamento ocupam cargos importantes da gestão da Ceplac como Coordenação Geral de Pesquisa, Inovação e Extensão em Brasília, Coordenadores das Superintendências da Ceplac em Rondônia e Pará, Chefes de Pesquisa e Extensão em Rondônia e Pará, assim como os Coordenadores de Planejamento, Transferência de Tecnologia e de Assistência Técnica (BA), além do Chefe Geral e Imediato do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec-BA). Todos com pós-graduação em nível doutorado.
Esta foi uma ação conjunta, porém cada um expôs, em seu pedido de exoneração, os argumentos que afetam suas localidades. A intenção é que chegue ao conhecimento da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
“É lamentável ter de chegar a uma situação extrema como esta para sensibilizar as autoridades superiores do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sobre um agronegócio tão importante como o cacau, que tem na Ceplac um instrumento governamental de excelência e poderia ser revitalizado sem muito custo, o que certamente produziria os resultados como todos esperam nos aspectos agronômicos, ambientais e sociais, fortalecendo a cacauicultura brasileira”, exclamou Valle.