O motivo da paralisação deve-se ao fato de a categoria estar há quatro anos sem reajuste salarial e ao descumprimento de acordos feitos com o Governo do Estado, no ano passado
Em Assembleia Extraordinária realizada na última sexta-feira (23/03), Fiscais Estaduais Agropecuários, Analistas, Assistentes e Auxiliares da Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro) decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (02/04), caso o Governo não honre o acordo firmado em agosto do ano passado e não sinalize o início das negociações para 2018.
A categoria está há quatro anos sem reajuste salarial e, o último acordo refere-se a uma forma compensatória das perdas salariais. O combinado estabeleceu um reposicionamento remuneratório em quatro faixas, sendo duas faixas para o mês de dezembro de 2017, e as outras para janeiro de 2018, com base na atual grade salarial, que consta no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), aprovado pela Lei Complementar Nº 197 de 21 de dezembro de 2011. Já as negociações para serem cumpridas este ano, contemplam a proposta de reestruturação e implantação do novo PCCV do Grupo Ocupacional da Defesa e Fiscalização Agropecuária, mediante a Portaria SARA nº 38 de 7 de outubro de 2016.
De acordo com o secretário de Administração do Anffa Sindical e auditor fiscal federal agropecuário no estado do Pernambuco, Luiz Gonzaga Matos, houve informações de que, na última segunda-feira (26/03), gerente da Adagro teria entrado em contato com o MAPA, informalmente, a fim de pedir apoio na Fiscalização Agropecuária Estadual, por meio de convênio com a União, caso a greve se concretize.
“A princípio nós Auditores Fiscais Federais Agropecuários já antecipamos que não podemos assumir atividades que são de exclusividade dos fiscais estaduais, primeiro porque seria uma incoerência fazer isso quando já temos um número insuficiente de Auditores para realizar as atividades no âmbito federal, e segundo que somos favoráveis ao pleito deles”, afirma Gonzaga, relembrando que nas mobilizações dos auditores agropecuários, os fiscais estaduais “sempre foram solidários”.